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O autocuidado é um toque de amor!

 

Me chamo Fabiana Cristina Ribeiro da Silva, tenho 42 anos. Fui diagnosticada com câncer de mama em setembro de 2015. A notícia veio como um terremoto em minha vida. A primeira reação foi de desespero, tive medo de morrer e de não poder ver meu filho crescer.

Achei que seria minha sentença de morte, pois o tumor já tinha 9 centímetros de diâmetro e a preocupação era grande com uma metástase (quando o câncer se espalha além do local onde começou), devido a um crescimento acelerado.

Primeiro convivi com o desespero, mas depois me agarrei à vontade de viver e à confiança em Deus. A esperança da cura tomou conta do meu coração e foi fundamental para a superação da doença. Iniciei o tratamento fazendo a mastectomia total da mama direita (retirada da mama), pois o tipo do câncer era invasivo e já havia irradiado para toda mama. Também fiz retirada dos meus ovários, o câncer era hormonal e precisava parar de produzir hormônios.

Passei por 16 sessões de quimioterapias e 30 sessões de radioterapia, muitas vezes me sentia triste e com baixa autoestima por estar sem uma mama e careca. Não apenas pela vaidade, também pelo cabelo ser um pouco da nossa identidade de mulher e não sabia como iria lidar com as reações das pessoas. Mas, logo reagia e pensava que minha vida era muito mais do que o cabelo e uma mama. O cabelo iria crescer e a mama podia ser reconstruída. Além disso, pude contar com apoio daqueles que me queriam bem.



O diagnóstico e o tratamento contra o câncer geram um estresse emocional e muitas vezes transformador, mas com muita força de vontade foi possível ter uma rotina de vida saudável, adotando a prática de atividade física durante o tratamento oncológico. O câncer muda as pessoas e serve de aprendizado. Eu era uma pessoa sedentária e durante a primeira fase do tratamento de quimioterapia comecei a sofrer com dores nas articulações e, seguindo a orientação do meu oncologista iniciei a prática de caminhadas no Parque Bacacheri com um grupo de mulheres que se solidarizaram com meu pedido de ajuda na rede social (clube das Alices), em razão de ter medo de passar mal devido à forte medicação do tratamento.


No entanto, como sou movida a desafios e ligada no 220 vlts, logo comecei a perceber a minha evolução, praticando então corrida, já que a caminhada se tornou algo fácil. Em 2016, participei da minha primeira corrida de 5 km - corrida e caminhada das Alices - fiquei encantada com aquela energia dos corredores e resolvi que era realmente o que eu queria. Correr me fazia muito bem, porque a quimioterapia não destrói apenas as células ruins, mata todas as células boas e acaba com os hormônios como a endorfina e serotonina e precisava delas para me manter bem. Sem falar que o exercício físico é recomendado para reduzir as chances de retorno da doença e contribui para a autoestima e na superação dos limites. Eu queria ter meus limites alcançados e a corrida tem essa motivação: Eu posso! Eu consigo! E isso tudo, depende exclusivamente de você.


A descoberta do câncer foi um clique, uma virada de chave em minha vida. Com o tratamento, ressignifiquei meu estilo de vida e minha rotina. Hoje, tenho hábitos alimentares e de atividade física. Tudo que faço é voltado para saúde do meu corpo e meu organismo. Hoje encaro o câncer como um “presente” e me sinto uma nova pessoa. A força para superar o câncer veio do meu filho, não queria que ele tivesse a lembrança de uma mãe doente e triste. Preferi encarar como um presente, uma oportunidade de mudar muitas coisas na minha vida.


Encontrei na corrida um estímulo, um refúgio. Depois de tudo, vejo a vida de uma forma totalmente diferente. É como se eu tivesse vivido duas vidas numa só, a corrida me mostrou de sou capaz de qualquer coisa, basta eu querer. Desde então, tenho sempre colocado metas desafiadoras em mim.

Hoje meu maior sonho é fazer uma maratona e futuramente um triatlhon, pois nadar é minha maior limitação física neste momento, mas como não aceito me sentir limitada, vou treinar para realizar este sonho!


Hoje, com muita garra e ajuda da corrida tenho conseguido afastar a doença do meu corpo, mas ainda não posso dizer que estou curada porque ficamos em recidiva (período crítico da doença) por 10 anos, mas sinto-me curada.



Mulheres, a atividade física traz mais vida, mais saúde e mais disposição. Aumenta nosso ciclo de amizades, levanta o astral, melhora a aparecia e regulariza o risco de desenvolver várias doenças. Além disso, proporciona mais qualidade de vida porque um estilo de vida saudável ajuda manter o corpo e a mente em boa forma.




Eu diria para as mulheres que estão passando pelo tratamento, que se agarre na vida com todas as forças, sejam otimistas e tenham força. Não existe vitória sem fé e nem futuro sem esperança. Lute com todas as forças, não desanime de lutar pela vida. Para Deus nada é impossível! Acreditem, tenham força e nunca desistam da vida: você sairá mais forte dessa batalha.


A atividade física é uma ótima aliada, faz bem para o espírito e somos invadidos por uma sensação de paz e calma, ligados ao otimismo para tocar o dia a dia em fazer as coisas que gosta. É o estimulo e o essencial para prevenção e redução dos riscos de muitas doenças e para melhora da saúde física e mental.

Por isso, levante do sofá e bora ser feliz!!!

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